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A pielonefrite é uma inflamação renal provocada pela ação de bactérias nos rins e nos ureteres, os ductos pelos quais a urina chega até a bexiga. A condição pode se manifestar de repente, de forma aguda, ou se tornar crônica após um episódio repentino. Na maioria dos casos, o agente infeccioso se instala inicialmente na uretra e na bexiga, que formam o chamado trato urinário inferior, e, por falta de tratamento adequado ou por conta de outros fatores de risco, alcança os ureteres e os rins.

Essa inflamação inspira cuidados médicos estritos, exigindo internações em muitos casos, não só pela possibilidade de causar lesões que comprometam as funções renais, como também pelo risco de a bactéria ganhar a circulação e se espalhar por todo o organismo, especialmente em crianças, idosos e imunodeprimidos – aquelas pessoas que têm o sistema imunológico alterado por doenças ou tratamentos. A pielonefrite, contudo, é menos freqüente que outras nefrites, como a glomerulonefrite, afetando cerca de três a sete pessoas em cada 10 mil, sobretudo a população feminina.

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Causas e sintomas

As manifestações da pielonefrite se parecem com as de uma infecção do trato urinário inferior – denominada cistite –, incluindo dor nas costas, logo abaixo da última costela, vontade de urinar freqüente, dor e ardência ao fim da micção e presença de urina escura e com odor desagradável. Esses sintomas específicos se acompanham de sinais característicos de quaisquer infecções, tais como febre, calafrios, vômitos, náuseas, fadiga e mal-estar generalizado.

A doença freqüentemente costuma ser causada por bactérias da flora intestinal, a exemplo da Escherichia coli, manifestando-se muitas vezes como a evolução de cistites – ou seja, a infecção acaba subindo para os ureteres e os rins. Evidentemente, a queda na imunidade e a ausência de um combate adequado ao microrganismo instalado no trato urinário contribuem sobremaneira para que a bactéria avance. Contudo, esse acesso do agente infeccioso às estruturais funcionais dos rins pode ser facilitado por alguns fatores, particularmente as malformações do aparelho urinário, o refluxo de urina da bexiga para os rins, a formação de cálculos – as populares pedras nos rins – ou qualquer outro tipo de obstrução local. De forma mais rara, a pielonefrite também se desenvolve pela ação de bactérias que chegam às porções renais pela circulação.


Exames e diagnósticos

O conjunto de sintomas e o exame físico, por meio do qual o médico constata a intensidade da dor lombar, já são fortemente indicativos de infecção, mas não bastam para fechar o diagnóstico. A investigação precisa continuar com a análise laboratorial da urina, tanto para confirmar a existência do processo infeccioso, que é revelado por um número anormalmente aumentado de células de defesa nesse material, quanto para identificar a bactéria por meio de seu isolamento em exame de cultura. Em alguns casos, quando não há boa resposta clínica e se suspeita de complicações, como pionefrose e abscesso perirrenal, pode ser necessário solicitar exames de imagem.


Tratamento e prevenções

Qualquer que seja a bactéria envolvida, o tratamento das pielonefrites é feito com antibióticos de amplo espectro e deve começar quanto antes para prevenir lesões nos rins e evitar que o agente infeccioso caia na corrente sangüínea e se multiplique pelo corpo do doente – processo conhecido como septicemia. Dependendo do estado geral do portador desse tipo de nefrite, portanto, é comum haver necessidade de internação para administrar a medicação por via endovenosa e monitorar as funções renais. Quando a inflamação está relacionada com cálculos e/ou com problemas anatômicos nos rins, essas condições igualmente precisam ser tratadas.

O tratamento imediato e completo das cistites pode prevenir o desenvolvimento de muitos casos de pielonefrite, assim como a correção de problemas anatômicos nos rins e a correta abordagem terapêutica para suprimir e evitar a formação de cálculos renais. Para as mulheres, mais propensas a esse tipo de infecção pela proximidade da uretra com o ânus, já que as bactérias mais implicadas com a pielonefrite vêm da flora intestinal, nunca é demais recomendar todo o cuidado possível com a higiene íntima, sobretudo na infância e na terceira idade. No mais, a manutenção de hábitos saudáveis, como alimentação adequada, prática regular de exercícios e ingestão freqüente de líquidos, sempre contribuem para a manutenção de uma boa saúde renal.

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